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Uma breve história de amor

Posted by Thiago K. on 22:47

"Casamento é bom, mas morrer queimado é melhor"

É com essa frase que inicio esse post dedicado a descobrir os prazeres do casamento. Afinal de contas, os prazeres da vida de solteiro todos nós já conhecemos. Não se pode viver a vida toda feliz, sem ter que dar satisfação para ninguém, vivendo da forma que você bem entende. Chega um momento que é preciso pagar por todos aqueles dias espetaculares que você usufruiu até então.

É aí que entra o casamento...

Anderson e Elenice são duas pessoas que se conheceram completamente ao acaso, ele era motorista de lotação em Porto Alegre e ela auxiliar de escritório em uma empresa do centro da cidade. Um belo dia ela perdeu o ônibus que tomava todos os dias e como estava um pouco atrasada resolveu guardar o seu cartão TRI e pagar uma lotação. Eis que, no momento que ela entrava na lotação o cupido do amor resolveu flecha-lá. Pronto! Borboletas no estômago, calor, suador e aquela cólica indesejada tomaram conta do corpo de Elenice. Era ele, o príncipe encantado que apareceria na vida dela, de acordo com a cartomante consultada semanas atrás na vila onde morava.

Mas antes de continuar esse conto de fadas, permitam-me descrever os dois personagens. Elenice é uma mulher de aproximadamente 25 anos, morena, cabelos lisos e pretos como as asas da Graúna, estatura média e corpo bem desenhado, faz sucesso no pagode do Bar do Valdo aos sábados. Anderson tem por volta de 30 anos, um bigode ralo e de um preto de causar inveja a José Sarney, cabelo bem penteado e desenhado com gel, estatura média assim como Elenice e porte atlético, já que pratica o sagrado futebol com os amigos 2 vezes por semana. A unha do dedo mínimo ele deixa crescer por ser uma tradição entre os profissionais do seu ramo.

Ok, agora podemos continuar...eu tinha parado no momento que o cupido acerta a flecha né??? Pois bem, Elenice logo sentou no primeiro banco e puxou papo com o motorista, apesar da placa de "Fale ao motorista somente o indispensável". Como a viagem era longa, ela pode contar toda a triste história sobre perder o ônibus e ter que pegar uma lotação. Ele, todo animado dirigia e ria a todo momento ouvindo a explicação de Elenice. Falaram sobre onde moravam e deduziram que era bem perto, coisa de quatro ou cinco quadras. Até que ela criou coragem e convidou Anderson para aparecer no sábado no Bar do Valdo para dançar um pagode, depois que saísse, lógico, do futebol com os amigos. Ele prontamente aceitou o convite e assim, com um largo sorriso no rosto, Elenice seguiu para o pequeno escritório em que trabalhava.

Já era sábado, a semana tinha passado voando e chegou o dia do pagode do Bar do Valdo, famoso no bairro, mas que Anderson nunca havia frequentado por ter sempre que acordar muito cedo para o trabalho. Mas aquele dia seria diferente, afinal de contas ele tinha sido convidado pela Elenice, uma linda mulata que havia pego a sua lotação. Anderson estava realmente interessado na moça e faria de tudo, inclusive dormir tarde e acordar muito cedo no outro dia, para ter Elenice em seus braços, nem que tivesse de ser, ao menos, por uma noite...

Continua...

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10 Comments


Ana, podes me emprestar uma xícara de farinha?


É, nestes tempos de light e diet fica meio ultrapassado pedir uma xícara de açúcar. Farinha de rosca, trigo ou mandioca?
Mas voltemos ao post. Post seriado? Tipo Batman e Robin com o Burgess Meredith encarnando o Pinguim e gargalhando "Quak Quak Quak" antes de puxar a alavanca q vai matar o menino prodígio? Santa batatinha, Esqueleto. Não percam o próximo episódio...


Que talento heim Thiago, parece um texto do veríssimo...


Mas eis que o autor nos deixa um certo suspense no ar. O que vai acontecer??? Será que eles vão se encontrar, confirmar as expectativas que eles criaram, e viver uma tórrida história de amor? Ou será que ele vai embora constrangido por não saber dançar pagode como ela? Ou ainda, eles vão comçar a conversar e ver que não tem nada a ver um com o outro. Pq na verdade a chance de se encontrar um amor como esse é 1 em 1000 e de realmente ocorrer química entre eles, é de 1 em 1.000.000. Infelizmente...


Só tenho farinha integral, pode ser?


A pergunta que não quer calar:

- Está faltando assunto que esteja de acordo com o objetivo do blog, que é falar sobre um solteiro que mora sozinho?

Ah, Ana, é bem a integral que eu preciso mesmo.


Não Semáforo, não está faltando assunto, a história ainda não acabou...calma.


Sabe aqueles cachorros q correm meio de lado parecendo caminhão de ferragem? Achei q o texto tá com um viés forte de David Coimbra...


Veríssimo, David Coimbra. Não sei como está agora, mas acho que vai acabar como nos de Nelson Rodrigues.


Nelson Rodrigues até que não seria má idéia, tá na hora de apimentar a história. Vamo Thiago, acalma esta platéia aflita, ansiosa por um desfecho da tua romântica história de amor

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