Atenção queridos leitores, a partir de hoje a minha psicóloga, esse anjo que me escuta toda a semana estará acompanhando esse blog. Tudo que eu disser aqui poderá ser usado contra mim nas sessões semanais.

Dra. Regina, eu gostaria de lembrar que esse blog é apenas "baseado" em fatos reais, tá?!?
Acho que nem vai precisar aumentar a dose do remédio, ok?

Fui...

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Enquanto eu cumpria a infeliz tarefa quase diária de lavar a louça da janta, estava pensando em algo para escrever por aqui. Foi quando me veio a idéia de colocar por aqui o bônus e o ônus, os prós e os contras, as vantagens e as desvantagens (chega porra!!!) de quem mora sozinho.

Então vou fazer uma pequena lista e aguardo contribuição dos sensacionais leitores, desse mal falado blog, nos comentários.

Lá vai:

Vantagens:

1. você tem total privacidade;
2. você pode (e deve) beber no bico;
3. se você beber algumas a mais na rua, pode chegar a hora que quiser sem ninguém pra incomodar;
4. você pode usar o banheiro e deixar a porta aberta;
5. você domina completamente o controle remoto;
6. se você esquecer a toalha molhada em cima da cama não vai ouvir reclamação;
7. você só arruma a casa quando tem vontade (ou quando as baratas estiverem disputando lugar com você no sofá);
8. você não precisa conversar quando não está a fim;
9. você pode ouvir "Wando" no meio da sala na hora da novela que ninguém vai reclamar;

Desvantagens:

1. você precisa lavar roupa;
2. você precisa passar roupa;
3. você precisa lavar louça;
4. você precisa limpar a casa;
5. se você esquecer de levar toalha pro banho, ferrou tudo;
6. você não te ninguém pra conversar quando precisa;
7. se você esquecer o papel higiênico, ferrou tudo;
8. você não tem ninguém para dividir as contas;

Pensando assim, rapidamente, foi isso que lembrei. Claro que deve ter muito mais coisa por aí, então aguardo os coments (que gay!!!) de vocês para que eu possa atualizar a lista.

Fui...

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Definitivamente o que mais me incomoda no serviço de casa é lavar a louça. Me desculpem, mas eu acho nojento.

Além do mais, a desvantagem de morar sozinho é que sempre é a sua vez de lavar a louça, não tem escolha.

Então eu chego em casa, cansado do trabalho, faço a janta e ainda tenho que ir pra pia lavar aqueles pratos e talheres sujos com restos de comida, eu não mereço isso, sinceramente. E pior, quando eu largo aquela água quente pra tirar a gordura e sobe aquele cheiro, a ânsia de vômito ataca na hora. Eu juro que tento economizar no máximo o uso de pratos e talheres para diminuir a louça suja. Copos por exemplo eu quase não uso, tomo no bico direto e com prazer, me vingando de todas aquelas pessoas que um dia me xingaram porque eu estava bebendo o refrigerante no bico (viu mãe!!!).

Agora ando pensando seriamente em comprar pratos e copos descartáveis pra não ter que ir pra pia todo santo dia lavar essa maldita louça suja. O meio ambiente??? Ah, já escovo os dentes com a torneira fechada, separo o lixo, tomo banho rápido, chega de ser tão ecologicamente correto, me deixem em paz!!! Só falta me pedirem pra votar na Marina Silva, a "ecochata".

Fui...

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Depois de um dia inteiro trabalhando tudo o que eu queria  aquele dia era a minha casa, a minha cama e a minha tv.

Mas não foi tão fácil assim.

O ritual é sempre o mesmo: estaciono o carro e vou direto abrir o correio. Minto, abrir não seria o termo correto, já que a fechadura da portinha tá quebrada e ela fica aberta sempre. Não vejo problemas em ficar aberto, até porque tenho certeza que ninguém vai deixar lá dentro um maço de notas de 100 reais pra mim.

O que tem lá dentro normalmente são contas pra pagar, então nada mais justo que eu deixar aberto para ver se alguém se solidariza comigo e paga alguma delas.

Neste dia não foi diferente, cumpri o ritual a risca, estacionando o carro e me encaminhando para a entrada do meu bloco, onde ficam as caixas de correio. Chegando lá veio a surpresa. A minha portinha estava chaveada e com o miolo trocado. Pensei: boa!!! resolveram arrumar pra mim, finalmente!!! Então, com toda a calma do mundo me dirigi para a portaria para buscar a nova chave.

Logo que cheguei na guarita já perguntei ao porteiro (do alto dos seus 98 anos, no mínimo) se poderia pegar a minha nova chave do correio. Então ele foi lá pra dentro, demorou algum tempo e na volta me disse que não tinha nada lá pra mim e que ninguém teria trocado a minha fechadura do correio.

Eu realmente não acreditava naquilo. Porque alguém trocaria a minha fechadura e não deixaria a chave pra mim??? Só se fosse alguém que quisesse pagar as minhas contas, o que convenhamos, é bem difícil de acontecer.

Resultado, até agora estou sem abrir o correio, a minha chave não apareceu e as contas vão atrasar. E vocês todos estão de prova que a culpa não é minha.

Eu ando com tanto azar que se por acaso eu resolver comprar um anão, tenho certeza que ele vai crescer!!!

Fui...

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Pronto, agora que já fiz a janta, lavei a louça e coloquei roupa para lavar na máquina posso contar para vocês a triste e intrigante história dessa noite.

Semana passada recebi a visita do Censo. Era uma senhora baixinha, de aproximadamente 50 anos e uns 80 quilos. Até pensei comigo mesmo: "o censo vai fazer bem pra ela, caminhando nesse cidade ela vai perder alguns quilos". Bom, mas deixando a forma física da recenseadora de lado, eu pedi que ela entrasse. Então começaram as perguntas. Em determinado momento ela perguntou quem mais morava no apartamento. Segue o diálogo:

- Ela: quem mais mora contigo aqui Thiago?
- Eu: ninguém mais, só eu mesmo.
- Ela: coitadinho!!!

Até agora eu não sei como interpretar isso que ela me falou, será que alguém pode me ajudar???

Fui!!!

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É amigo leitor, não adianta mais eu ficar esperando que alguma vizinha que seria descrita por David Coimbra como: loira, cabelos longos e lisos, aproximadamente 25 anos, pernas longas e rijas e olhos azuis da cor do mar de Garopaba bata na minha porta pedindo um xícara de açucar (????). Desisto. Não tem ninguém assim no meu condomínio. Pelo menos até agora com quase 2 meses lá eu não vi nenhuma mulher nem parecida com essa descrição.

Tudo bem que eu não circulo muito pelo condomínio, mas quando estou por lá eu só vejo velho e criança. Ok, até é possível encontrar alguns adultos pelos corredores, mas ninguém se encaixa na descrição citada anteriormente.

Dia desses subi no elevador com um vizinho, segue o diálogo:
- Eu: bom dia (o simpático)
- Ele: bom dia, qual andar?
- Eu: 4º por favor (ele apertou o botão do meu andar)
- Ele: o mesmo que o meu!!! (grande coisa)
- Eu: aham
- Ele: faz tempo que tá morando aqui?
- Eu: 3 semanas (com raiva já)
- Ele: legal, seja bem vindo!!!
- Eu: ...

Eu não entendo porque as pessoas tem tanta necessidade de fazer amigos. Porra, elevador não é lugar para ficar batendo papo, é um lugar pequeno e constrangedor. Quando eu entro em um elevador eu só quero que ele chegue o mais rápido possível ao meu destino e pronto, não quero bater papo!!! E além do mais eu não tenho intenção de ficar amigo dos meu vizinhos.

A não ser é lógico, que seja uma vizinha com a descrição anterior, daí até posso pensar na possibilidade de um papo mais longo e uma xícara de açucar...

Fui!!!

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Algo me diz que esse post irá gerar alguns protestos dos meus queridos leitores, mas mesmo assim não posso deixar de falar.

Eu, sinceramente não entendo como alguém pode enfiar dentro de um apartamento relativamente pequeno um cachorro. Além de encher o saco dos vizinhos como eu que só querem um pouco de sossego quando chegam em casa, os coitados dos bichos ficam confinados em um ambiente muito pequeno. Certos proprietários desses queridos animaizinhos (not!!!) viram reféns dos bichos, não podem sair de casa porque o cachorro não pode ficar sozinho, tem que levar, pasmem, as sete horas da manhã pro bicho mijar e cagar toda a rua e depois lógico, eu pisar em cima e ainda tem que limpar toda a sujeira que eles fazem dentro de casa.

Ah, isso sem falar quando a gente tenta visitar um amigo e a casa dele tá fedendo a cheiro de mijo e de merda. E você que tá lendo agora e tem cachorro em casa, fica a dica, não adianta espalhar Air Wick pela casa que só piora as coisas.

Mas porque eu trouxe esse assunto para o blog? É porque nesse exato momento o cachorro do meu vizinho de porta está chorando desesperadamente e eu me perguntando: porque ele não morre de uma vez? É, porque não basta ele ter um cachorro no apartamento, ele tem que ter um poodle pra minha vida virar um inferno completo.

Posso lhes garantir que o único animal que encontrarão dentro do meu apartamento será eu mesmo...podem vir me visitar tranquilamente.

Vou alí tentar matar o cachorro do vizinho e já volto...

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Eu tenho absoluta certeza que foi uma mulher que inventou o supermercado. Foi um tipo de vingança contra o marido, um tipo de castigo. Pois bem, hoje eu tive que fazer compras. Sim, amigo leitor, o supermercado estava como você imagina. Filas nos caixas, gente comendo os produtos antes de pagar e muita criança por tudo que é lado. Especialmente as crianças, dentro de um supermercado se tornam mais irritantes do que já o são normalmente. Elas exigem coisas e gritam caso não sejam atendidas. Algumas chegam ao ponto de se atirar no chão caso a mãe não faça a sua vontade. Pra mim isso tudo é falta de laço.

No semblante das mulheres podemos ver claramente a satisfação por estar dentro de um supermercado lotado, receio que só se sintam mais felizes dentro das Lojas Renner. Entretanto, o oposto podemos ver nos homens. Bois, quando estão indo para o abate tem a mesma expressão de um homem dentro do supermercado lotado. É um sofrimento sem tamanho para nós.

Mas, como moro sozinho e não tenho ninguém para fazer isso por mim, fui a luta nessa tarde de sábado em um dos maiores supermercados da capital. Eu não precisava comprar muita coisa, apenas alguns materiais de limpeza, um pouco de comida e é claro, algumas cervejas para o feriado.

Me condicionei psicologicamente e encarei. O primeiro corredor era o dos produtos de limpeza e fui atrás de uma esponja de lavar louça. Foi aí que a coisa complicou. Porque existem uns 3 ou 4 tipos de esponja??? Eu só quero alguma coisa que limpe os meus pratos e deu, sem frescuras. Peguei a mais barata e saí dalí logo pra não me irritar mais, afinal de contas as compras só estavam começando.

Me encaminhei para comprar um pouco de queijo, básico em vários tipos de comida que eu preparo (sanduíche). Esperei em uma fila enorme e quando fui atendido pedi 100 gramas de muzzarela, coisa simples, sem frescura. Daí vem a atendente: sadia, perdigão, etc ou etc?? Porra!!! Eu só quero 100 gramas de queijo, me dá qualquer merda aí...

Resultado, peguei um fardinho de cerveja e voltei pra casa muito irritado.

Malditas mulheres que inventaram o supermercado!!!

Vou alí fazer a janta (sanduíche) e talvez eu volte ainda hoje.

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Tenho quase 32 anos de idade e resolvi morar sozinho.

Sim, isso mesmo e você deve estar pensando: "pô, o cara tem quase 32 anos e só agora que resolveu sair da casa dos pais???". Exatamente, querido leitor. Até agora eu morava com os meus pais, com direito a casa, comida e roupa lavada.

Mas, como diz aquela música bem famosa que agora eu não me lembro de quem é, "um belo dia eu resolvi mudar". Então resolvi compartilhar com vocês essas experiências novas pra mim, um guri (nem tão guri assim) de apartamento que sempre teve tudo nas mãos, mas que agora vai ter que se virar cuidando da casa, fazendo comida e lavando roupa´. É claro que nem tudo que acontecerá no apê poderá ser contado aqui, mas prometo o máximo de veracidade nos fatos. Alguns nomes podem e devem ser trocados, por isso essa será uma obra de verdade/ficção. Cabe a cada um de vocês julgar o que pode ser mentira e o que pode ser verdade.

Divirtam-se...

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