A Vizinhança

É amigo leitor, não adianta mais eu ficar esperando que alguma vizinha que seria descrita por David Coimbra como: loira, cabelos longos e lisos, aproximadamente 25 anos, pernas longas e rijas e olhos azuis da cor do mar de Garopaba bata na minha porta pedindo um xícara de açucar (????). Desisto. Não tem ninguém assim no meu condomínio. Pelo menos até agora com quase 2 meses lá eu não vi nenhuma mulher nem parecida com essa descrição.

Tudo bem que eu não circulo muito pelo condomínio, mas quando estou por lá eu só vejo velho e criança. Ok, até é possível encontrar alguns adultos pelos corredores, mas ninguém se encaixa na descrição citada anteriormente.

Dia desses subi no elevador com um vizinho, segue o diálogo:
- Eu: bom dia (o simpático)
- Ele: bom dia, qual andar?
- Eu: 4º por favor (ele apertou o botão do meu andar)
- Ele: o mesmo que o meu!!! (grande coisa)
- Eu: aham
- Ele: faz tempo que tá morando aqui?
- Eu: 3 semanas (com raiva já)
- Ele: legal, seja bem vindo!!!
- Eu: ...

Eu não entendo porque as pessoas tem tanta necessidade de fazer amigos. Porra, elevador não é lugar para ficar batendo papo, é um lugar pequeno e constrangedor. Quando eu entro em um elevador eu só quero que ele chegue o mais rápido possível ao meu destino e pronto, não quero bater papo!!! E além do mais eu não tenho intenção de ficar amigo dos meu vizinhos.

A não ser é lógico, que seja uma vizinha com a descrição anterior, daí até posso pensar na possibilidade de um papo mais longo e uma xícara de açucar...

Fui!!!

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