"Casamento é bom, mas morrer queimado é melhor"
É com essa frase que inicio esse post dedicado a descobrir os prazeres do casamento. Afinal de contas, os prazeres da vida de solteiro todos nós já conhecemos. Não se pode viver a vida toda feliz, sem ter que dar satisfação para ninguém, vivendo da forma que você bem entende. Chega um momento que é preciso pagar por todos aqueles dias espetaculares que você usufruiu até então.
É aí que entra o casamento...
Anderson e Elenice são duas pessoas que se conheceram completamente ao acaso, ele era motorista de lotação em Porto Alegre e ela auxiliar de escritório em uma empresa do centro da cidade. Um belo dia ela perdeu o ônibus que tomava todos os dias e como estava um pouco atrasada resolveu guardar o seu cartão TRI e pagar uma lotação. Eis que, no momento que ela entrava na lotação o cupido do amor resolveu flecha-lá. Pronto! Borboletas no estômago, calor, suador e aquela cólica indesejada tomaram conta do corpo de Elenice. Era ele, o príncipe encantado que apareceria na vida dela, de acordo com a cartomante consultada semanas atrás na vila onde morava.
Mas antes de continuar esse conto de fadas, permitam-me descrever os dois personagens. Elenice é uma mulher de aproximadamente 25 anos, morena, cabelos lisos e pretos como as asas da Graúna, estatura média e corpo bem desenhado, faz sucesso no pagode do Bar do Valdo aos sábados. Anderson tem por volta de 30 anos, um bigode ralo e de um preto de causar inveja a José Sarney, cabelo bem penteado e desenhado com gel, estatura média assim como Elenice e porte atlético, já que pratica o sagrado futebol com os amigos 2 vezes por semana. A unha do dedo mínimo ele deixa crescer por ser uma tradição entre os profissionais do seu ramo.
Ok, agora podemos continuar...eu tinha parado no momento que o cupido acerta a flecha né??? Pois bem, Elenice logo sentou no primeiro banco e puxou papo com o motorista, apesar da placa de "Fale ao motorista somente o indispensável". Como a viagem era longa, ela pode contar toda a triste história sobre perder o ônibus e ter que pegar uma lotação. Ele, todo animado dirigia e ria a todo momento ouvindo a explicação de Elenice. Falaram sobre onde moravam e deduziram que era bem perto, coisa de quatro ou cinco quadras. Até que ela criou coragem e convidou Anderson para aparecer no sábado no Bar do Valdo para dançar um pagode, depois que saísse, lógico, do futebol com os amigos. Ele prontamente aceitou o convite e assim, com um largo sorriso no rosto, Elenice seguiu para o pequeno escritório em que trabalhava.
Já era sábado, a semana tinha passado voando e chegou o dia do pagode do Bar do Valdo, famoso no bairro, mas que Anderson nunca havia frequentado por ter sempre que acordar muito cedo para o trabalho. Mas aquele dia seria diferente, afinal de contas ele tinha sido convidado pela Elenice, uma linda mulata que havia pego a sua lotação. Anderson estava realmente interessado na moça e faria de tudo, inclusive dormir tarde e acordar muito cedo no outro dia, para ter Elenice em seus braços, nem que tivesse de ser, ao menos, por uma noite...
Continua...
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